Um delator
apontava um herege para a comunidade muitas vezes este apontava o tal
herege, para vingar-se ou eliminar
rivais no comércio ou nos negócios, e além disso garantia sua fé e status perante a sociedade.
O condenado não tinha o direito de saber o porquê e nem por quem ele tinha
sido condenado, e não tinha direito a defesa, o acusado era torturado enquanto devia confessar
todas as heresias que cometeu, como o acusado era muitas vezes inocentes este
confessava heresias que nunca foram praticadas apenas para cessar as torturas.
Após ter a confirmação das heresias os inquisidores o mandavam para as autoridades do estado para que tivesse sua punição(desta forma a igreja limpava suas mãos), esta punição poderia ser morte (geralmente na fogueira), ou prisão
Inquisição em praça pública:
Além
disso há outro procedimento descrito por Michael Baigent e Richard Leigh
(historiadores) :
Ao
chegar a uma localidade, os Inquisidores proclamavam que todos seriam obrigados
a assistir a uma missa especial, e ali ouvir o "édito" da Inquisição
lido em público. No fim do sermão, o Inquisidor erguia um crucifixo e exigia-se
que os presentes erguessem a mão direita e repetissem um juramento de apoio à
Inquisição e seus servos. Após este procedimento lia-se o "édito",
que condenava várias heresias, e mandavam que se apresentassem os culpados de
"contaminação".
Se confessassem dentro de um "período de
graça" poderiam ser aceitos de volta à igreja sem penitência, porém teriam
que denunciar outras pessoas culpadas que não tivessem se apresentado. Não
bastava denunciar-se como herege para alcançar os benefícios do
"édito", deveria denunciar os cúmplices.. Em Castela, na década de
1480, diz-se que mais 1500 vítimas foram queimadas na estaca em consequência de
falso testemunho, muitas delas sem identificar a origem da acusação contra
elas.
Os
tribunais da Inquisição não eram permanentes, eram instalados quando surgia um
caso de heresia e após isso eram desfeitos, posteriormente
tribunais religiosos de combate a heresias seriam utilizados por igrejas
protestantes.
Index:
Durante o período da inquisição fora criado uma lista de livros proibidos chamado Index estes livros eram proibidos por conter conteúdo herege.
Uso do fogo:
A
utilização de fogueiras como maneira de aplicar a pena de morte aos condenados
que lhes eram entregues pela Inquisição é o método mais famoso de aplicação da
pena embora existissem outros. Seu significado era basicamente religioso uma
vez que o fogo simbolizava a purificação, configurando a ideia de desobediência
a Deus (pecado) e ilustrando a imagem do Inferno.
Em muitos casos também
queimavam-se em praça pública os livros avaliados pelos inquisidores como
símbolos do pecado. Quando não era encontrado o autor de tais livros era
queimada a sua efígie em praça pública.
Inquisidores:
Um dos mais temíveis
representantes da Inquisição foi Tomás de Torquemada, um frade dominicano
espanhol. Nomeado como inquisidor pelo papa Inocêncio VIII e prestigiado pela
rainha Isabel de Castela, este clérigo promoveu uma feroz caçada contra
bígamos, agiotas, judeus, homossexuais, bruxas e hereges. A sua ferrenha
atuação acabou fazendo com que a sua fama percorresse os quatro cantos da
Espanha e chegasse até aos ouvidos do próprio Vaticano.
Enquanto os açoitamentos e torturas eram deflagrados, Torquemada
passava o tempo sussurrando as suas preces. Ao longo de uma vida toda dedicada
a esse tipo de atividade, Torquemada acabou sendo visto com desconfiança pelos
dirigentes religiosos da época. Segundo estimativas, através de seus métodos de
investigação, cerca de 10 mil pessoas teriam sido condenadas à fogueira. Após
ignorar os pedidos de moderação da Igreja, acabou sendo afastado de suas
funções. Quatro anos depois, em 1494, acabou morrendo na clausura de um
convento na regiã o
de Ávila.